Todos os dias as crianças têm experiências novas que lhes ensinam lições de vida importantes e as ajudam a desenvolver os seus valores. E, mesmo que seja inconscientemente, os pais têm essa moralidade e esses valores sempre presentes na sua cabeça quando fazem atividades com os seus filhos. Quer seja quando fazem um bolo em conjunto, quando os ajudam a escrever um cartão para um familiar, quando os ensinam a construir um cantinho para si e para os amigos ou até mesmo quando os deixam simplesmente brincar no jardim. Os valores são parte integrante de qualquer pessoa.
Eles formam a nossa identidade e definem o lugar que ocupamos na sociedade. Não só nos guiam e nos ajudam a definir o que para nós é importante, bom e útil, como também nos podem inspirar e motivar. Skip quis explorar mais profundamente a compreensão instintiva dos valores pelas mães, e por isso entrevistou mais de 240 mães, 20 avós e 5 bisavós, em 10 locais à volta do mundo. Independentemente das suas diferenças sociais e culturais, todas as mães entrevistadas afirmaram considerar ser sua a responsabilidade de instruir valores nos seus filhos e demonstraram possuir um conjunto idêntico de princípios que funcionam como ponto de referência na educação que lhes dão:
Valores impulsionados pelas mães (e não negociáveis) – aqueles que sentem obrigação de incutir nos filhos, tais como a honestidade, o respeito pelos outros, a capacidade de partilhar e de dar, a autos suficiência, a responsabilidade e o respeito pelas tradições culturais e pelos mais velhos.
Valores impulsionados pelas mães e pelos filhos – aqueles que acham que podem encorajar ativamente mas que são fruto da personalidade da criança, tais como a determinação e a confiança e aqueles que são recompensados e reforçados, como o amor, a gratidão à família, a sociabilidade e os relacionamentos.
Valores impulsionados pelos filhos (secundários) – aqueles que acham que os seus filhos vão desenvolver
Quando os nossos filhos reconhecem e compreendem os valores que tentámos incutir neles, sentimo-nos extremamente recompensados e cheios de orgulho e felicidade. Os valores impulsionados por eles próprios (como a criatividade, a descoberta, a curiosidade e a imaginação) também são muito importantes para o seu desenvolvimento mas, enquanto mães, damos-lhes menos importância direta. A maioria desses valores é instilada naturalmente e pode ser estimulada através de brincadeiras e experiências ao ar livre, como trepar às árvores, descer encostas ou saltar para poças.
Embora a ideia de dar “carta branca” às crianças para descobrir o mundo através da sua curiosidade possa causar alguma ansiedade nos pais, por medo que estas se magoem ou que voltem para casa sujas, brincar sem restrições proporciona-lhes experiências essenciais que ajudam a formar e a construir o seu carácter. E ver os nossos filhos aprender desta maneira pode deixar-nos cheios de orgulho. Quem não se sentiu extremamente feliz da última vez que recebeu um retrato seu, pintado pelas crianças? Este tipo de atitudes não só mostram que eles compreendem o amor, a gratidão e a importância de partilhar e dar, como também revelam as suas tendências naturalmente criativas e imaginativas.